domingo, 31 de maio de 2009

A verdade sobre a criação da ESTATuna

Caros leitores,

Tenho lido muitas referências históricas sobre a criação da ESTATuna, da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA), o ano da formação 1999/2000, o nome da Tuna e pouco mais.
Queiram saber que a ESTATuna foi criada depois da eleição do seu primeiro Magister, em 1999, numa votação em que foram sufragados três nomes, do qual viria a ser eleito Paulo Conceição, numa segunda votação, após um empate que decorreu exactamete do primeiro escrutinio.

Dias seguintes, foram a votos também algumas propostas para o nome da tuna da ESTA. Votação feita e o nome ESTATuna surge com a maioria dos votos. Para supresa de quem nunca ouviu falar desta parte da história, refira-se que nesse mesmo ano foram comprados os primeiros instrumentos: 2 guitarras, 1 bandolim, 2 cavaquinhos, 2 pandeiretas, 1 réque-réque, 1 tambor e 1 afinador de guitarra, prontamente cedidos pela direcção da ESTA, sob a pessoa do Dr. Eugénio Almeida. Nessa altura cerca de 20 alunos, do grupo de fundadores da ESTA, dos cursos de Comunicação Social e Engenharia Mecânica viriam a associar-se a este desejo de fazer parte da ESTATuna.

Na verdade nem sempre a vontade chega. Faltava quem pudesse ensair as vozes, faltava quem pudesse ensinar a tocar os instrumentos, mas não faltava força de vontade pela parte dos aspirantes a "tunantes" para elevar o nome da ESTA por esse "mundo fora". A provar isso mesmo estão os diversos encontros para ensaiar ou para tentar fazê-lo, mesmo que na altura fosssem essencialmente as vozes, num local que hoje é ocupado pelos laboratórios de Engenharia da ESTA.

Se me permitem uma questão, alguém sabe quando foi organizado o "I FESTA", festival de tunas organizado pela ESTA? Pois é, no ano 2000, relativo ao ano lectivo 1999/2000, junto ao Tribunal de Abrantes e teve como principal rosto Mafalda Brísida. Nesse dia, decidimos não actuar. Não sentimos segurança para fazer a estreia. Como já disse, faltava-nos a base de uma Tuna, os instrumentos a tocar. Apesar da "Laurindinha" estar bem decorada e afinadinha, assim como mais uma ou duas, não arriscámos. O resultado dessa decisão, que ao fim de dez anos venho assumir publicamente, foi o passar de uma borracha pela génese da ESTATuna.

No ano lectivo de 2000/2001 deci passar a pasta a um grupo de interessados em pegar no projecto. Nuno Jesus e Marco Cândido foram os dois alunos a quem passei a pasta. Seguiram na ESTATuna alguns dos seus fundadores e com muito mérito, leia-se, foram fundados os estatutos da ESTATuna. Nesse ano foi organizado o "II FESTA" que me encheu, particularmente, de orgulho e emoção. O projecto não precisava de estar nas minhas mãos para querer que fosse coroado de sucesso e para que viesse a atingir um patamar de qualidade que reconheço que tem vindo a subir consideravelmente ano após ano.

Dito isto, voltando ao inicio, estou farto de ler referências históricas ou estóricas (porque são fantasia, de certa maneira) à criação da ESTATuna. Já agora, em vez de perguntarem aos caloiros de tuna, nas noites de bebedeira, quem foi o primeiro magister da ESTATuna? Acrescentem essa parte da história aos vossos registos bibliográficos ou essa coisa em que falam da história da ESTATuna.

Meus senhores, um pouco menos de arrogãncia não vos ficava mal.
Não pensem que têm o rei na barriga e que são os maiores.
Olhem que um dia o vosso nome acaba riscado da história da ESTATuna, tal como riscaram o nome dos fundadores. Se não tiverem essa informação, então é um problema de arquivo. Na pasta que dei ao Nuno Jesus e ao Marco Cândido.

Contas feitas, transitaram da ESTATuna, sem estatutos, o Tony, o Rui (de Ponte Lima), o Luís (madeirense), o Marco Santos (Macster) e mais um(a) ou outro(a) tunante. Quem tiver dúvidas sobre a veracidade do que disse até agora, fale com eles...

Paulo Conceição